Comprar uma garrafinha de água
mineral em um supermercado ou uma lanchonete é um hábito comum que, a
princípio, não exige grandes reflexões. Mas esse líquido fundamental para o
corpo nem sempre é exatamente igual dentro das inúmeras embalagens presentes nas
prateleiras. “O ideal é procurar águas com pH acima de 7,5. O nosso sangue tem
um pH médio de 7,4. Se você ingere alimentos mais ácidos que isso, o corpo
pagará o preço de ter que equilibrar essa acidez. Para tal, algum órgão –
coração, cérebro ou outros tecidos – ficará mais ácido, e isso acelera o
processo de envelhecimento”, explica o cardiologista e nutrólogo Lair Ribeiro,
especialista no uso médico da água.
Xenoestrógeno
Além disso, escolher um produto
cuja fonte é mais próxima do local de consumo também é importante. “As garrafas
de água são transportadas de caminhão e costumam pegar muito sol. O aquecimento
do plástico libera um composto chamado xenoestrógeno, que funciona em nosso
corpo como o hormônio estrógeno, e pode levar ao aumento de peso e causar até
celulites”, alerta. As águas de fontes mais próximas recebem menos do composto
nocivo, sendo melhores para a saúde. Porém, essa afirmação é rebatida pela
presidente do Comitê Científico da Associação Brasileira da Indústria de Águas
Minerais (Abinam), Petra Sanchez.
Ela garante que as garrafas das águas
brasileiras são fabricadas com resinas virgens e não liberariam substâncias
tóxicas no produto. “Há uma série de testes para garantir a qualidade dessas
embalagens, portanto, não há nenhuma possibilidade de serem tóxicas”, afirma.
Ela ressalta ainda a importância do armazenamento. “É muito importante não
colocar as garrafas e os galões no chão ou em locais sujos e úmidos, pois pode
haver a contaminação do produto”, diz. No caso dos galões, que podem ser
utilizados por até três anos, Petra defende que é fundamental ter atenção ao
prazo de validade da embalagem – além da validade da própria água. “O garrafão
passa por lavagens para ser reutilizado. Isso vai desgastando o material,
podendo propiciar contaminação do produto por agentes externos”, explica.
Fonte: O Tempo – MG
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