4 de fev. de 2014

Plástico interfere na qualidade da água mineral

Comprar uma garrafinha de água mineral em um supermercado ou uma lanchonete é um hábito comum que, a princípio, não exige grandes reflexões. Mas esse líquido fundamental para o corpo nem sempre é exatamente igual dentro das inúmeras embalagens presentes nas prateleiras. “O ideal é procurar águas com pH acima de 7,5. O nosso sangue tem um pH médio de 7,4. Se você ingere alimentos mais ácidos que isso, o corpo pagará o preço de ter que equilibrar essa acidez. Para tal, algum órgão – coração, cérebro ou outros tecidos – ficará mais ácido, e isso acelera o processo de envelhecimento”, explica o cardiologista e nutrólogo Lair Ribeiro, especialista no uso médico da água.

Xenoestrógeno

Além disso, escolher um produto cuja fonte é mais próxima do local de consumo também é importante. “As garrafas de água são transportadas de caminhão e costumam pegar muito sol. O aquecimento do plástico libera um composto chamado xenoestrógeno, que funciona em nosso corpo como o hormônio estrógeno, e pode levar ao aumento de peso e causar até celulites”, alerta. As águas de fontes mais próximas recebem menos do composto nocivo, sendo melhores para a saúde. Porém, essa afirmação é rebatida pela presidente do Comitê Científico da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam), Petra Sanchez.

Ela garante que as garrafas das águas brasileiras são fabricadas com resinas virgens e não liberariam substâncias tóxicas no produto. “Há uma série de testes para garantir a qualidade dessas embalagens, portanto, não há nenhuma possibilidade de serem tóxicas”, afirma. Ela ressalta ainda a importância do armazenamento. “É muito importante não colocar as garrafas e os galões no chão ou em locais sujos e úmidos, pois pode haver a contaminação do produto”, diz. No caso dos galões, que podem ser utilizados por até três anos, Petra defende que é fundamental ter atenção ao prazo de validade da embalagem – além da validade da própria água. “O garrafão passa por lavagens para ser reutilizado. Isso vai desgastando o material, podendo propiciar contaminação do produto por agentes externos”, explica.


Fonte: O Tempo – MG

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